O Cemitério da Recoleta: uma fascinante história e tradição de Buenos Aires

O Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, é um dos destinos mais visitados do mundo devido à sua arquitetura surreal e esculturas impressionantes que adornam os túmulos de algumas personalidades ali enterradas. Embora possa parecer um pouco mórbido passear por um cemitério, a visita ao Cemitério da Recoleta se torna uma experiência incrível devido à beleza e ao requinte do local, além das histórias curiosas que permeiam suas lápides.

As tumbas deslumbrantes são apenas parte do encanto do local. Para apreciar ainda mais o lugar e seus mistérios, é interessante conhecer um pouco sobre a história das pessoas ali sepultadas, especialmente as mais famosas. Entre elas está a atriz e líder política Eva Perón, também conhecida como Evita, que é, sem dúvida, a personalidade mais famosa enterrada no Cemitério da Recoleta. Evita se tornou um símbolo da luta pelos trabalhadores argentinos e alcançou reconhecimento mundial como uma das principais líderes políticas do mundo, ao lado de seu marido, o presidente Juan Perón.

Além de Evita, o Cemitério da Recoleta abriga os túmulos de outras figuras importantes da história argentina, como presidentes do país, escritores renomados, artistas e cientistas laureados com prêmios Nobel. Entre eles estão Agustín Pedro Justo, Arturo Umberto Illia, Bartolomé Mitre, Carlos Pellegrini, Domingo Faustino Sarmiento, Armando Bó, Carlos Saavedra Lamas, Luis Federico Leloir, José Hernández, Luis Ángel Firpo e Victoria Ocampo. Essas personalidades deixaram um legado significativo e estão eternizadas no Cemitério da Recoleta.

No entanto, além dos nomes conhecidos, o cemitério guarda histórias curiosas que despertam ainda mais a curiosidade dos visitantes. Entre elas, destaca-se a história de Rufina Cambaceres, filha do escritor Eugenio Cambaceres, que foi encontrada morta na véspera de seu aniversário de 19 anos. Após o enterro, descobriu-se que seu caixão foi encontrado com a tampa quebrada e o interior revirado. Surgiram rumores de que Rufina poderia ter sofrido catalepsia e acordado dentro do caixão, evidenciados pelas marcas de unhas encontradas no interior. Em homenagem a essa história, uma estátua foi colocada ao lado de sua tumba, retratando-a segurando a maçaneta, como se quisesse entrar ou sair do mundo dos mortos.

Outra história intrigante é a de David Alleno, um coveiro que planejou meticulosamente sua própria tumba, inclusive a lápide com as datas de seu nascimento e morte. Antes de viajar para a Itália com seu irmão, ele encomendou uma escultura que seria colocada junto ao seu túmulo. Ao retornar, anunciou sua saída do trabalho e cometeu suicídio. A escultura retrata David segurando um molho de chaves, simbolizando o trabalho que realizava no cemitério. Sua lápide também confirma sua ocupação como “David Alleno, zelador deste cemitério 1881-1910”.

Liliana Crociati foi vítima de uma avalanche em sua lua de mel e, no mesmo dia, seu cachorro também faleceu a 14 mil quilômetros de distância. Em homenagem a essa trágica coincidência, seu pai criou uma escultura que reproduz seu quarto ao lado de seu cachorro. Essa escultura é única no vasto cemitério, representando uma história tocante de amor e lealdade.

Essas são apenas algumas das histórias curiosas que podem ser descobertas ao visitar o Cemitério da Recoleta. Para saber mais sobre os pontos interessantes da cidade, repleta de histórias e riquezas culturais, entre em contato com a Guia Receptivo, que pode criar um roteiro personalizado de acordo com seu perfil e estilo.

Ao visitar o Cemitério da Recoleta, você terá a oportunidade de apreciar não apenas a arquitetura e as esculturas fascinantes, mas também mergulhar na história e nas histórias únicas que permeiam esse local único em Buenos Aires.